Depois das sequelas deixadas pela tempestade Leslie, no parque JA da Costa de Lavos e considerando as dificuldades na capacidade de resposta naquilo que seria o projeto futuro para o parque, permanecia a incerteza sobre a possibilidade da realização dos Acampamentos Nacionais naquele lugar, pelo menos a curto prazo.

As crises representam muitas vezes oportunidades. E esta crise revelou uma vez mais, o querer e a vontade deste movimento em não conformar-se com o quadro estabelecido.  Estudaram-se outras possibilidades, mas a cozinha seria sempre um aspecto determinante a considerar no caso de mobilidade para outro parque. Vários parques foram pesquisados mas nenhum apresentou cozinhas disponíveis. A solução teria que estar na Costa de Lavos. As datas foram confirmadas e iniciou-se uma corrida de restauração a contra-relógio. Apesar de algumas contingências logísticas, a primeira direcção dos ACNAC's a assumir o espaço (Rebentos) pode trabalhar dentro do prazo estabelecido, seguido das outras (Tições e Famílias). 

Apesar do parque estar bastante descaracterizado, pela ausência de árvores (devido à tempestade Leslie), apesar de algumas infraestruturas estarem bastante obsoletas e apesar de ser um ano singular com vários eventos internacionais no país, as inscrições realizadas pelos rebentos, pelos tições e pelas famílias, tiveram bastante procura, como se tratasse de uma verão regular, representando uma resposta positiva ao quadro de dificuldades logísticas. Esta resposta do nosso movimento, num cenário de crise, encoraja-nos a sonhar, a pensar, a considerar, um novo projecto para a Costa de Lavos. Até aqui nos abençoou o Senhor!